quinta-feira, 14 de junho de 2018

Yoann Bourgeois leva "circo existencial" a Lisboa e Porto

O drama da queda, a ausência de gravidade e a fuga em Yoann Bourgeiois

Estou dando uma olhada 

"Celui Qui Tombe" é o espectáculo que o coreógrafo, bailarino, actor, malabarista e acrobata francês traz ao Coliseu do Porto e ao Teatro São Luiz. Ao GPS, explica o conceito do trabalho e confessa-se fã de Peter Pan, Fernando Pessoa e... do vinho do Porto.

Dirigido a todas as gerações, Celui Qui Tombe [Aquele que Cai] chega a Lisboa pela mão do FIMFA já depois de passar pelo Coliseu do Porto, a fechar o festival Dias da Dança. Porém, o seu autor, o francês Yoann Bourgeois (que dirige o Centre Chorégraphique National de Grenoble), foi peremptório a dizer ao GPS que o teatro-dança não é o seu território: "Identifico-me mais com o circo tradicional (que baseia a sua dramaturgia em cenas intensas, vigorosas) do que com o novo circo (que baseia a sua dramaturgia no momento narrativo)." 

Fã de vinho do Porto, "que bebe, pelo menos uma vez por semana, enquanto contempla as montanhas", e de Fernando Pessoa, cujo Livro do Desassossego, do heterónimo Bernardo Soares, traz "sempre" consigo, Bourgeois - que é também acrobata, malabarista, bailarino e actor - vem pela primeira vez a Portugal para operar este "circo existencial" (para todas as idades), no qual seis artistas enfrentam o perigo de cair - ou "o drama da queda", como ele prefere chamar-lhe, "porque a queda conduz à imobilidade", o que significa que a morte é sempre "a grande questão". 

Nenhum comentário:

Postar um comentário